sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Brasil despenca 19 posições em ranking de desigualdade social da ONU

País aparece entre os 10 mais desiguais do mundo. Além da diferença entre ricos e pobres, levantamento ressalta desvalorização e baixa representatividade da mulher na sociedade brasileira


As desigualdades social e de gênero se acentuaram no Brasil. Esse é o diagnóstico revelado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com dados de 2015, divulgado nesta terça-feira. O país ocupa o 79º lugar entre 188 nações no ranking de IDH, que leva em conta indicadores de educação, renda e saúde, mas despencou 19 posições na classificação correspondente à diferença entre ricos e pobres.

Enquanto a nota de 0,754 do Brasil se mantém estagnada, preservando-o em um patamar considerado alto pela ONU, o número cai para 0,561 no indicador social. Analisando somente esse fator, o país seria rebaixado para a escala de países com índice médio. O IDH varia entre 0 (valor mínimo) e 1 (valor máximo). Quanto mais próximo de 1, maior é o índice de desenvolvimento do país. Pela primeira vez desde 1990, quando o levantamento começou a ser publicado anualmente, o Brasil não elevou sua nota no ranking. A Noruega permanece na primeira colocação e encabeça a lista das nações com IDH muito alto, com 0,949, seguida por Austrália e Suíça, ambas com 0,939.
Ainda no cálculo ajustado pela desigualdade social, o Brasil, empatado com Coreia do Sul e Panamá, só não regrediu mais nesse quesito que Irã e Botsuana, que caíram 40 e 23 posições, respectivamente. Já o Coeficiente de Gini, que mede a concentração renda, aponta o país como o 10º mais desigual do mundo e o quarto da América Latina, à frente apenas de Haiti, Colômbia e Paraguai. Segundo o levantamento da ONU, o percentual de desigualdade de renda no Brasil (37%) é superior à média da América Latina, incluindo os países do Caribe (34,9%).
Fonte:https://brasil.elpais.com/brasil/2017/03/21/politica/1490112229_963711.html

IBGE PUBLICA DADOS DA PESQUISA DE INDICADORES SOCIAIS DO PAÍS

Edição do dia 04/12/2015

04/12/2015 13h58 - Atualizado em 04/12/2015 15h19

Menos da metade das famílias é formada por marido e mulher com filhos.
Hoje um em cada cinco casais optam por viver sem crianças por perto.



O IBGE publicou nesta sexta-feira (4) a pesquisa "síntese de indicadores sociais", com dados que mostram como a sociedade brasileira mudou em dez anos. Uma das mudanças mostra que menos da metade das famílias agora é formada pelo clássico padrão "marido e mulher com filhos".
Em 2004, 51% das famílias tinham filhos,  mas agora esse número diminuiu. As famílias formadas por casais com filhos ainda são maioria no Brasil (42,9% em 2014).
Mas outros modelos estão cada vez mais comuns. Hoje um em cada cinco casais optam por viver sem crianças por perto. Mesmo quem escolhe ter filhos, tem menos. A taxa de fecundidade diminuiu muito em dez anos (18,6%).  Era de 2,14 filhos por mulher, agora é de 1,74.
Outra mudança no retrato da família brasileira é o reconhecimento da importância da mulher, apontada como a pessoa de referência na casa em 15% dos lares. Há 11 anos, essa percepção era bem menor (3,6% em 2014).
Embora a participação da mulher no mercado de trabalho tenha aumentado, a dupla jornada não mudou nada. Há dez anos, nove em cada dez chegavam em casa e continuavam trabalhando, e hoje é a mesma coisa. (90,7% em 2014). O grupo de mulheres, solteiras e sem filhos e que moram sozinhas também cresceu no Brasil (14,4% em 2014).

“Já vou comemorar bodas de prata morando sozinha no ano que vem, então um beijo para o meu amor, o Ricardo, a gente está mais de dois anos juntos, a gente se ama, mas cada um na sua casa e está dando super certo”, afirma a jornalista Cláudia Tisato.

Fonte:http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2015/12/ibge-publica-dados-da-pesquisa-de-indicadores-sociais.html